"Alcançámos um acordo para reintroduzir os controlos alfandegários nas fronteiras da Dinamarca o mais rapidamente possível", declarou o ministro Claus Hjort Frederiksen.
A medida dinamarquesa, que deve entrar em vigor dentro de duas a três semanas, segundo o ministro, vai traduzir-se em controlos sobretudo na fronteira com a Alemanha, mas também nos portos e na ponte de Oeresund, que liga a Suécia à Dinamarca.
A ideia dos controlos reforçados no interior da União Europeia, recentemente defendida por França e Itália para combater a imigração ilegal, foi proposta na Dinamarca pelo Partido do Povo Dinamarquês (PPD, extrema-direita), e pela líder, Pia Kjaergaard, como forma de combater a imigração ilegal e a criminalidade organizada.
"Nos últimos anos, assistimos a um aumento do crime transfronteiriço e isto é feito para prevenir este problema. Vamos construir novas instalações na fronteira germano-dinamarquesa com novos equipamentos eletrónicos", disse o ministro.
A decisão dinamarquesa é anunciada um dia antes da data prevista para a apresentação pela Comissão Europeia aos ministros do Interior dos 27 reunidos em Bruxelas as novas condições para uma reintrodução temporária dos controlos nas fronteiras dentro do Espaço Schengen.
A Dinamarca é um dos 25 países que integram o Espaço Schengen, criado para permitir a cerca de 400 milhões de pessoas circular livremente da Finlândia à Grécia, de Portugal à Polónia, sem mostrar o passaporte.
Dos 27 Estados-membros da UE, apenas o Reino Unido e a Irlanda, países insulares, decidiram manter-se fora do Espaço Schengen, que inclui em contrapartida três países não membros da UE: Suíça, Noruega e Islândia.
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