O presidente da mesa da assembleia-geral, Valentim Loureiro, afirmou que «não apareceu nenhuma proposta com qualquer lista para ser eleita» na reunião de accionistas.
Na ordem dos trabalhos da reunião de accionistas da empresa constava, além da aprovação das contas consolidadas da empresa, que foram aprovadas, a eleição de novos órgãos sociais.
Ricardo Fonseca, que agora renuncia ao cargo de presidente do conselho de administração da Metro e cujo mandato já terminou em Dezembro de 2010, já tinha deixado o aviso na última assembleia-geral da empresa, em 29 de Março.
Em causa está o impasse quanto à definição de um novo modelo de governação da empresa, que terá que ser coordenado entre os accionistas Estado e Junta Metropolitana do Porto (JMP).
Apesar de composto por sete elementos, o CA já estava apenas com quatro elementos (três executivos e um vogal não executivo), tendo em conta que em meados do ano passado dois representantes do accionista Área Metropolitana do Porto (AMP) abandonaram a empresa de transportes.
Marco António Costa deixou o cargo de vogal não executivo para assumir a Secretaria de Estado da Segurança Social do actual Governo e Mário Almeida, presidente da Câmara de Vila do Conde, anunciou em Julho de 2011 renunciar ao mesmo cargo.
Também o vereador da Câmara do Porto Gonçalo Gonçalves renunciou ao cargo em Março.
«Estou bastante triste com tudo o que se está a passar», disse Valentim Loureiro, acrescentando estar «pasmado» com a indefinição por parte do Governo.
No âmbito do Plano Estratégico dos Transportes 2011-2015, o Governo pretende reestruturar as empresas públicas do sector dos transportes, tendo como objectivo criar uma administração conjunta à Metro do Porto e Sociedade dos Transportes Colectivos do Porto (STCP).
Para isso, é necessário que haja uma revisão dos estatutos das empresas, que terão que ser aceites pela JMP.
O Governo já afirmou que os conselhos de administração das empresas serão reduzidos para três elementos, «sendo apenas admissíveis excepções a esta regra empresas e organismos cuja especial complexidade de actuação recomende a manutenção de cinco elementos».
http://sol.sapo.pt/inicio/Economia/Interior.aspx?content_id=50351
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