17 de dezembro de 2011

Consumidores vão pagar mais 1,75 euros por mês com subida da electricidade

     A despesa média com a electricidade vai aumentar, em média, mais 1,75 euros por mês numa factura que ronda os 50 euros, por causa do aumento em 4% da tarifa da electricidade em 2012, confirmou hoje a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).


     Para os 666 mil clientes que são abrangidos pela chamada tarifa social, o aumento médio mensal é de 57 cêntimos numa factura de 25,5 euros por mês. Neste caso, o aumento é de 2,3%, segundo as contas da ERSE, que apresentou a versão definitiva da proposta remetida ao Conselho Tarifário.

     Pelo aumento médio em 1,75 euros mensais na tarifa normal da electricidade são abrangidos 4,7 milhões de clientes.

     A variação do preço da electricidade aprovado para o próximo ano foi determinada em função da evolução do custo das matérias-primas energéticas e da energia eléctrica nos mercados internacionais, do custo de produção e da evolução do consumo de energia. A nova subida entra em vigor a 1 de Janeiro e acontece apenas três meses depois do aumento do IVA de 6% para 23% na electricidade.

     A actualização das tarifas tem, por isso, já em conta este impacto. Evitado ficou o cenário que chegou a ser admitido pelo Governo de aumentar a electricidade em 30%, o que só foi conseguido porque o executivo diferiu para lá de 2012 custos de manutenção de equilíbrio contratual a pagar à EDP e subsídios à produção em cogeração, além de outros encargos, no valor de 1080 milhões de euros. Isto significa que, depois de 2012, os custos vão acabar por cair sobre os consumidores.

     A entidade reguladora mantém a previsão avançada a 17 de Outubro, quando apresentou este aumento da electricidade, de que o custo da energia no mercado ibérico de electricidade seja, em 2012, “superior em 25%” ao que se verificou este ano. “Parte importante” dos custos que são precisos recuperar através das tarifas, explica a ERSE, tem precisamente a ver com os custos de produção da energia eléctrica, já que estes dependem da evolução dos preços das matérias-primas nos mercados internacionais.

     Outra parte que a ERSE diz ser “considerável” naquilo que é recuperado pelas tarifas está associado a custos fixos, como investimento em infra-estruturas ou ajustamentos que dependem tarifários de anos anteriores. Para 2012, a ERSE prevê uma quebra no consumo de 3% em relação a este ano, o que terá impactos nos custos “por unidade de energia eléctrica”.


9 de dezembro de 2011

Exportações crescem 15,2% e importações caem 0,8%

     As exportações aumentaram 15,2% no trimestre terminado em outubro, face ao período homólogo do ano passado, enquanto as importações diminuíram 0,8%, desagravando o défice da balança comercial em €1.492 milhões.
     As exportações aumentaram 15,2 por cento no trimestre terminado em outubro, face ao período homólogo do ano passado, enquanto as importações diminuíram 0,8 por cento, desagravando o défice da balança comercial em 1.492 milhões de euros.
     Segundo as estimativas do Instituto Nacional de Estatística (INE), as exportações, entre agosto e outubro deste ano, quando comparadas com igual período do ano anterior subiram 15,2 por cento para 10.475,2 milhões de euros, ao passo que as importações diminuíram 0,8 por cento para 14.032,7 milhões de euros, tendo o saldo negativo da balança comercial diminuído de 5.049,5 milhões para 3.557,5 milhões de euros.
     A taxa de cobertura foi de 74,6 por cento, o que corresponde a uma melhoria de 10,3 pontos percentuais, em relação à taxa verificada no período homólogo do ano anterior.
     Por sua vez, em termos de variações homólogas, no mês de outubro, as exportações (saídas) subiram 15,7 por cento, em resultado da evolução positiva das vendas de bens tanto para os parceiros comunitários como para os países terceiros, segundo o INE.
     Já as importações (entradas) diminuíram 7,3 por cento, face a igual mês do ano passado, devido sobretudo à quebra registada no comércio dentro da comunidade europeia.
     O INE refere também que ao nível do comércio intracomunitário, entre agosto e outubro, as exportações cresceram 12,5 por cento para 7.601,5 milhões de euros, enquanto as importações caíram 3,2 por cento, face a igual período do ano passado, sendo que o défice comercial caiu para 2.529 milhões de euros (menos 3.696,6 milhões de euros).
     Segundo o INE, ao nível da zona euro, no período em análise, as exportações cresceram 23,1 por cento para 2.873,6 milhões de euros, enquanto as importações recuaram 3,4 por cento para 9.134,7 milhões de euros, sendo que se registou um desagravamento do saldo comercial negativo em 1.018,5 milhões de euros.
http://aeiou.expresso.pt/exportacoes-crescem-152-e-importacoes-caem-08=f693318