30 de novembro de 2011

Prestação da casa baixa em Dezembro

Quem tem o crédito indexado à Euribor a três meses vai ver a sua prestação cair perto de quatro euros no próximo mês.

Os últimos tempos têm sido ricos em más notícias para os orçamentos das famílias portuguesas, mas alguns agregados deverão beneficiar de um ligeiro desafogo orçamental a partir do próximo mês. Apesar de ainda faltar um dia para o mês de Novembro terminar, já é possível sinalizar que em Dezembro alguns agregados familiares deverão ver os encargos com o empréstimo da casa baixar, atendendo à evolução das taxas Euribor ao longo deste mês. Os beneficiários desta boa notícia serão as famílias com crédito à habitação indexado à Euribor a três meses. Por sua vez, quem tiver o crédito associado às Euribor a seis e 12 meses deverá ter de esperar um pouco mais para ver os encargos mensais com a prestação da casa diminuir.

As famílias portuguesas que se preparam para ver a taxa de juro do seu crédito revista em Dezembro, e têm como indexante de referência a taxa Euribor a três meses, vão passar a pagar uma prestação de mensal de 635,01 euros. O valor da nova prestação representa uma quebra de 3,92 euros face aos 638,93 euros que pagaram ao longo dos últimos três meses. Para estes cálculos, foi considerado o exemplo de um empréstimo de 120 mil euros a pagar por um prazo de 20 anos e com um ‘spread' de 1%. Esta diminuição vai, aliás, ao encontro do que se verificou na última revisão. Quem tinha visto a taxa de juro do empréstimo indexada à Euribor a três meses revista em Novembro já teve a oportunidade de sentir uma redução dos encargos mensais com o crédito. Nessa altura, verificou-se, aliás, a primeira descida de prestação no espaço de 18 meses.

No caso dos portugueses cujo crédito da casa está indexado à Euribor a seis meses, não é de prever que (com base nos valores previsíveis para o fecho do mês deste indexante faltando apenas um dia para o mês terminar) vejam a sua prestação da casa alterada de forma significativa em Dezembro. A expectativa é de que a prestação mensal se mantenha em torno dos 648 euros em Dezembro: precisamente o mesmo valor da última revisão há seis meses.

Já os portugueses com empréstimos para a compra de casa indexados à Euribor a 12 meses- que são por tradição os últimos créditos a sentir quer os efeitos das subidas na prestação quer os das descidas- deverão assistir a um novo agravamento dos encargos mensais com o crédito. Partindo do mesmo exemplo-tipo, a prestação da casa vai passar a ser de 668,16 euros, o que representa uma subida de 29,88 euros face aos 638,28 euros da última revisão da prestação efectuada há um ano.


O que esperar daqui em dianteContudo, existem indícios de que nas próximas revisões das taxas de juro dos créditos à habitação os portugueses possam beneficiar de descidas das prestações em todos os prazos. Isto poderá acontecer porque o mercado parece convicto de que as taxas Euribor vão continuar em queda ao longo do próximo ano. Para comprová-lo basta analisar a evolução dos futuros para a Euribor a três meses. Na verdade, só existem contratos de futuros a serem negociados acima dos actuais valores para a Euribor a três meses (1,477%) a partir de Setembro de 2013.

Esta tendência resulta do facto dos investidores estarem a prever que a inversão da política monetária europeia que teve início no princípio de Novembro se estenda ainda no início de 2012. Recorde-se que no início do mês o Banco Central Europeu baixou em 25 pontos base a taxa de referência da zona euro para 1,25% numa tentativa de travar a recessão económica que ameaça a área do euro. Se se vier a comprovar esse cenário, muitas famílias portuguesas vão ver os seus orçamentos um pouco menos sobrecarregados em plena crise.

http://economico.sapo.pt/noticias/prestacao-da-casa-baixa-em-dezembro_132620.html

26 de novembro de 2011

Colapso de Itália será o fim do euro

     O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, disseram em Estrasburgo ao primeiro-ministro italiano, Mario Monti, que "o colapso" de Itália levará inevitavelmente ao fim do euro.


     O Presidente francês, Nicolas Sarkozy, e a chanceler alemã, Angela Merkel, disseram em Estrasburgo ao primeiro-ministro italiano, Mario Monti, que "o colapso" de Itália levará inevitavelmente ao fim do euro, indicou hoje o governo italiano.
     O chefe de Estado e a chanceler alemã reafirmaram "o seu apoio à Itália afirmando-se conscientes que o colapso de Itália levará inevitavelmente ao fim do euro e a uma interrupção do processo de integração europeia com consequências imprevisíveis", de acordo com um comunicado do governo italiano publicado após um conselho de ministros.
     Durante a mini-cimeira que reuniu na quinta-feira os três dirigentes em Estrasburgo (França), Merkel e Sarkozy manifestaram a sua confiança em Monti e no empenho de Itália "no esforço comum destinado a encontrar soluções para a grave crise financeira e económica da zona euro", acrescentou o governo italiano.
     Monti confirmou o objetivo de Itália de atingir o equilíbrio orçamental em 2013 e assegurou que Roma vai aprovar rapidamente medidas destinadas a relançar o crescimento.
     As taxas de juro para a Itália continuaram hoje a atingir recordes, um dia depois da reunião de Monti com Merkel e Sarkozy.

18 de novembro de 2011

A Crise

Cartoon Wall Street Bailouts

http://avenidacentral.blogspot.com/2008_09_01_archive.html

Bancos britânicos reduzem empréstimos aos bancos portugueses em 14%

Os bancos britânicos reduziram o volume de emprestimos interbancários na Zona Euro, nos últimos meses, com receio do intensificar da crise no velho continente. Em Portugal a redução foi de 14%, mas os bancos mais afectados foram os espanhois, gregos e irlandeses.








     Os quartos maiores bancos britânicos reduziram o volume dos empréstimos interbancários em mais de 24%, para os 10,5 mil milhões de libras (12,2 mil milhões de euros), nos últimos três meses que terminaram em Setembro, de acordo com a análise feita pelo Financial Times.
     Em relação a Portugal, o Financial Times detalhou que o HSBC, o Barclays, o Loyds e o RBS reduziram o empréstimo de 400 milhões de libras (467,3 mil milhões de euros), em Junho, para 300 milhões de libras (350,4 milhões de euros) em Setembro.
     Um dos maiores corte foi em Espanha, onde os mesmos bancos passaram de um empréstimo de 2,4 mil milhões de libras (2,8 mil milhões de euros), em Junho, para 1,5 mil milhões de libras (1,7 mil milhões de euros) em Setembro.
     Essa variação na Irlanda foi de 3,8 mil milhões de libras (4,4 mil milhões de euros), para 3,5 mil milhões de libras (4,1 mil milhões de euros) e na Grécia de 100 milhões (116 milhões de euros) para 300 mil libras (350,5 mil euros).
     Itália também já está a sofrer com os cortes, onde o volume de empréstimo destes bancos passou de 3,9 mil milhões (4,5 mil milhões de euros), para 2,9 mil milhões (3,3 mil milhões de euros).
     Os principais cortes, em termos de volume de empréstimos, ocorreram essencialmente em relação aos bancos espanhóis e gregos. O HSBC, o maior forncedor de crédito aos outros bancos, cortou a sua exposição em cerca de 40%, cortando os empréstimos aos bancos gregos e reduzindo o volume dos bancos espanhóis e irlandeses em dois terços, referiu a mesma fonte.
     Os bancos europeus têm uma dívida de 700 mil milhões de dólares (813,8 mil milhões de euros) que vence nos próximos nove meses.

http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=520365

11 de novembro de 2011

Mais de 85% dos portugueses sentem efeito da crise

    Mais de 85 por cento dos portugueses estão a sentir o efeito da crise económica, dos quais metade com um impacto "muito significativo", revela hoje o eurobarómetro "Os europeus e a crise", encomendado pelo Parlamento Europeu.
    Quarenta e cinco por cento dos cidadãos da União Europeia (UE) a 27 conhece alguém que perdeu o emprego devido à crise. Em Portugal, 38 por cento dos inquiridos disse conhecer pessoas que ficaram desempregadas como consequência directa da crise.
    Mais de um quinto dos europeus afirma ter um familiar que perdeu o emprego. Em Portugal, esta percentagem sobe para 28 por cento. Mas, em 18 por cento dos casos a perda do emprego aconteceu com os próprios ou com o parceiro (na UE a 27 é de 12 por cento).
    O estudo adianta que cerca de dois terços dos inquiridos consideram que "a crise vai durar muitos anos" e ninguém concorda com a ideia que Portugal "já está a regressar ao crescimento", contrariamente ao que acham oito por cento dos europeus.
    Mais de metade (56 por cento) dos portugueses considera que os cidadãos estariam mais protegidos face à actual crise se Portugal adoptasse medidas e as aplicasse de forma coordenada com outros países da UE, em linha com o que pensam o resto dos europeus.
    O eurobarómetro revela que mais de 70 por cento dos portugueses defende que as instituições europeias deveriam ser consultadas para a elaboração dos orçamentos nacionais, enquanto dois terços concordam com a aplicação automática de sanções financeiras aos Estados-membros que entrem em incumprimento nas metas do défice e dívida pública.

http://www.dn.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=2116783

4 de novembro de 2011

Desemprego em Portugal subiu em Setembro para 12,5%

   A taxa de desemprego em Portugal subiu para os 12,5 por cento em setembro, situando-se como a quarta maior na União Europeia, entre os países dos quais o Eurostat disponibiliza dados.



De acordo com as estatísticas hoje divulgadas pelo gabinete de estatísticas das comunidades europeias, a taxa de desemprego cresceu para o nível registado em junho deste ano, tendo em julho e agosto ficado situada nos 12,4 por cento.


O Eurostat indica ainda que o desemprego entre os jovens (até aos 25 anos de idade) em Portugal voltou a aumentar, neste caso duas décimas, para os 27,1 por cento em setembro, e que o desemprego entre as mulheres continua superior ao registado nos homens.


Entre os países da União Europeia, dos quais o Eurostat dispõe de dados, Portugal encontra-se assim com o quarto pior registo.


Pior que Portugal estão a Espanha, cujo desemprego voltou a aumentar, agora para os 22,6 por cento, a Irlanda, que em Setembro chegou aos 14,2 por cento (uma ligeira diminuição face a agosto), e a Eslováquia que em Setembro viu o desemprego aumentar para 13,5 por cento.


Em termos globais, tanto a zona euro como a União Europeia viram a taxa de desemprego subir uma décima. No caso da média dos países que partilham a moeda única o desemprego subiu para 10,2 por cento, e na totalidade dos países da UE – com exceção da Alemanha, Estónia, Grécia, Letónia, Lituânia e Reino Unido que não dispõe de dados - a taxa atingiu os 9,7 por cento.