
Os títulos do Banco BPI valorizam 1,71% para 0,476 euros e já chegaram a subir 2,56% para 0,48 euros.
As acções reagem assim depois de o banco ter sido o primeiro dos três principais bancos portugueses a apresentar os resultados de 2011, ano em que registou prejuízos de 203,9 milhões de euros.
No ano passado, o banco perdeu 338,9 milhões de euros com a sua aposta na dívida grega, que Fernando Ulrich resumiu como “uma má decisão”, em que não tem “nenhum orgulho”.
Obrigações para manter até à maturidade foram desvalorizadas em 50%
Com as imparidades registadas no ano passado, o banco desvalorizou a sua carteira de obrigações gregas para manter no balanço até à maturidade em 50% e a carteira daquelas que estão disponíveis para negociação em 64%.
“Com a informação que tínhamos na altura, não se via o risco que se veio a verificar. Mas ultrapassado este caso, a situação do banco como um todo é muito sólida em capital e liquidez.”
As perdas não recorrentes, que incluem 70,9 milhões de euros que resultam de diferenças actuariais na transferência dos fundos de pensões para a Segurança Social, foram parcialmente compensadas por receitas não recorrentes relativas à recompra de títulos do banco e de contribuições em espécie para os fundos de pensões.
Resultado recorrente dá um lucro de 115,9 milhões de euros
Excluindo o impacto de factores recorrentes, o BPI teve um resultado de 115,9 milhões de euros, que fica 37,3% aquém dos 184,8 milhões de euros de lucros que registou em 2010.
"Em base recorrente", os resultados do BPI não surpreenderam o analista André Rodrigues do Caixa BI, que considera o prejuízo do banco um “facto negativo”. “Positivamente, destacamos mais uma vez a actividade internacional, que voltou a apresentar uma rentabilidade elevada” com um retorno dos capitais próprios de 28,9%.
Ainda no sector da banca, o BES valoriza 1,23% para 1,316 euros e o BCP recua 0,71% para 0,14 euros por acção. Ambos os bancos apresentam resultados negativos, mas enquanto o BPI antecipa um prejuízo de 15 milhões de euros para a instituição liderado por Ricardo Salgado, prevê um prejuízo na ordem dos 500 milhões para o banco liderado por Carlos Santos Ferreira.
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